O DIA MUNDIAL DO RADIOAMADOR
foi criado pela Circular nº.01, da IARU - INTERNATIONAL AMATEUR RADIO UNION, estabelecendo o dia 25 DE ABRIL, por ser esta data a da fundação daquela entidade internacional.
Caros amigos e colegas:foi criado pela Circular nº.01, da IARU - INTERNATIONAL AMATEUR RADIO UNION, estabelecendo o dia 25 DE ABRIL, por ser esta data a da fundação daquela entidade internacional.
PY3IDRDIA MUNDIAL DO RADIOAMADOR
DIA DO RADIOAMADOR
Palestra da Srª Diva Kaastrup, na Academia Literária Feminina do Rio Grande do Sul, no Dia do Radioamador
Esta é a primeira vez que nesta casa se comemora o Dia do Radioamador. Cremos mesmo que é a primeira vez que a data é assinalada em uma Academia Literária. Sentimo-nos felizes com o fato, pois neste caso estaremos colhendo para a A. L. F. o mérito de um ato de grande justiça. Os radioamadores, que constituem uma classe universal, nobre e abnegada, ainda são, para muitos dentre nós, ilustres desconhecidos, ou, quando muito, uns incompreendidos. Aos que não conhecem os radioamadores e não sabem o que é o radioamadorismo, poderá parecer deslocada, neste meio, a comemoração deste Dia, e, injustificável esta aproximação, por falta de afinidades.
Mas não. Há afinidades – Grandes afinidades! – entre nós, acadêmicos, e os radioamadores. Eles, como nós, dedicam-se a um estudo e através dele buscam um maior aprimoramento. São, talvez, mais estudiosos do que nós outras, pois seu campo de ação é o espaço e o veículo de seus estudos é a radioeletricidade, que a cada dia nos apresenta maiores maravilhas! Radioamadorismo é ciência e estudo constante para muitos, e é fraternidade e solidariedade humana para todos.
Esta Academia é uma casa de idealismo. Aqui, damos o máximo que nos é possível pelo culto das letras e pela cultura em geral. Não nos movem interesses materiais. O radioamadorismo, além de estudo, também é um ideal. O mais belo ideal que o homem pode ter, que é o de ser útil ao próximo pelo simples prazer de servir. Também não os movem interesses materiais e quando ficam horas a fio e muitas vezes pela madrugada afora, mantendo comunicados que levarão notícias tranqüilizadoras ou mensagens de conforto a desconhecidos que sofrem, fazem isso singelamente, sem alarde, sem propaganda na imprensa, com a naturalidade de quem cumpre um dever. Mais que isso: fazem-no por prazer, porque é esse o seu hobby. Há os que ocupam suas horas de ócio indo a cinemas, freqüentando mesas de jogo, assistindo partidas de foot-ball, praticando os mais variados esportes. Há os que colecionam alguma coisa: selos, flâmulas, miniaturas, objetos de arte. Há os que não fazem nada, ocupando em ócio suas horas de ócio. Os radioamadores preenchem esses momentos de suas vidas tentando manter – e mantendo mesmo! – comunicados com colegas distantes. E se nesse entretenimento há oportunidade de prestar serviços, eles o fazem com naturalidade, sem reivindicar para si, depois, prerrogativas de benfeitores. Nós os comparamos ao sol, que faz a sua trajetória porque assim tem de ser, sem nada nos exigir pela luz, calor e todos os benefícios que nós dá. Assim são os nossos homenageados desta noite. E é por isto que aqui estamos a confraternizar com eles, comemorando o Dia do Radioamador, que também se poderia chamar Dia da Fraternidade.
Quando procurávamos o Sr. Delegado da LABRE na 3ª Região e Presidente da Casa do Radioamador Gaúcho para comunicar-lhe a deliberação da A. L. F. de comemorar o Dia do Radioamador, pedimos a S. Sª. alguns dados para esta palestra. Com esses, recebemos também o pedido especial de definir o radioamadorismo e de esclarecer que o radioamador não é um maluco...
Sim. É precisamente esta a nossa intenção. Fazer apresentações e estabelecer novas amizades. Apresentar aqui, com as honras que lhe são devidas, esta nobre classe que tantos e tão relevantes serviços tem prestado a causa pública e a muitos em particular. Esta classe que nós chamamos também de Escoteiros do Ar.
Não encontramos, em vários dicionários consultados, sendo que alguns bem recentes, de 1957, a palavra radioamadorismo. Por isto, não apresentamos aqui a definição exata do termo, segundo a palavra autorizada de um mestre em português. Limitamo-nos a uma definição pessoal:
Radioamadorismo é a prática e também o estudo e desenvolvimento das coisas relacionadas com o rádio, na parte de difusão, sem caráter comercial, político ou religioso.
Radioamador é o indivíduo normal, pelo menos regularmente culto, que se dedica ao radioamadorismo. Por força ele terá de ser ao menos regularmente culto, uma vez que para ingressar na Rede Nacional de Rádio deverá prestar um exame, em cujo programa constam várias matérias.
Esta definição, em caráter um tanto cabotino, tem a finalidade exclusiva de fazer compreender que o radioamador não é, nem poderia ser um maluco. E se alguém puder provar o contrário, ainda assim nós diremos: Bendita, nobre e sublime maluquice, capaz de tantas ações meritórias!
O radioamadorismo é universal. Cada país tem sua entidade congregadora dos radioaficionados, entidade essa regida por um convênio internacional. O primeiro convênio foi realizado em Atlanta, nos Estados Unidos. E agora, há bem pouco tempo, realizou-se um outro, que teve lugar em Genebra. Abaixo dessa lei que foi aprovada nesses convênios, cada país tem suas leis próprias, no setor do radioamadorismo, leis que variam, de país para país, em pequenos detalhes. No Brasil, a congregação dos radioamadores é a Liga de Amadores Brasileiros de Rádio Emissão – LABRE, com sede na Capital da República e Diretorias Estaduais espalhadas por todo o território Nacional. Até há poucos a LABRE dirigia inteiramente os destinos da classe. Porém, em setembro último, na reunião do Conselho Deliberativo da LABRE, foram aprovados os novos estatutos que concretizaram o ideal das diversas Regiões, que era a descentralização da LABRE. O projeto desses estatutos teve início, parte no Estado de São Paulo e parte em nosso Estado, merecendo depois o apoio do nordeste e Estado do Rio. A Liga de Amadores de Rádio Emissão comemorou em fins de janeiro último seu jubileu de prata. A primeira associação de radioamadores no Brasil foi fundada em São Paulo, em 1932, tendo, em 1934 feito fusão com uma outra associação congênere, surgindo então a atual Liga de Amadores Brasileiros de Rádio Emissão. Mas, antes dessas associações, já existiam os pioneiros do radioamadorismo no Brasil. E nos dias presentes ainda operam, infatigavelmente, alguns desses pioneiros. Na 3ª Região, o mais antigo radioamador é o Sr. Aldo Giudice, PY3AH, residente em Quaraí. Aqui em Porto Alegre há vários outros, entre os quais destacamos o Sr. Gustavo Welp Filho, que em maio deste ano comemorou seu Jubileu de Prata como PY3AW.
Cada país tem um prefixo de uma ou duas letras que o identifica. No Brasil temos PY. Na Argentina, LU; no Uruguai, CX; no Paraguai, ZP; e assim por diante. Cada país está dividido em regiões, numeradas, para os diversos estados ou províncias. No Brasil, temos 9 regiões assim distribuídas: PY1 para o Distrito Federal, Estados do Rio e Espírito Santo. – PY2 para o Estado de São Paulo – PY3 para o Rio Grande do Sul – PY4 para o Estado de Minas – PY7 para Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará, Alagoas, Paraíba e Território de Fernando de Noronha – PY8 para os Estados de Pará, Amazonas, Maranhão, Piauí, e territórios do Acre, Amapá e Rondônia, e finalmente PY9 para o Estado do Mato Grosso. Em cada região, os radioamadores são identificados por um prefixo de 2 ou 3 letras, sempre seguindo a ordem alfabética. O 1º prefixo, AA, sempre pertence a estação oficial da LABRE dentro da Região. Desta forma, temos, por exemplo, PY3AA para a estação oficial da LABRE em nosso Estado e a seguir, PY3AB, PY3AC e assim por diante, para cada radioamador no Rio Grande do Sul. No momento, o prefixo mais importante na 3ª Região, depois de PY3AA, é PY3AGT, que é o do atual Delegado da LABRE e Presidente da Casa do Radioamador Gaúcho, Dr. Sérgio Marsiaj da Rocha.
A CRAG tem também seu prefixo, que é PY3BB. É muito importante esse prefixo, sim, mas em nosso raciocínio sentimentalista, pensamos não ser possível o filho ser maior que o pai, o fruto ser maior que a árvore. E a CRAG, esta conquista gloriosa dos radioamadores da 3ª Região, e que, segundo tudo indica, num futuro próximo há de ser uma obra grandiosa, tem seu alicerce forjado no ouro do mais puro idealismo e no granito da vontade invencível de um homem: Sérgio Marsiaj da Rocha – PY3AGT.
Quando recebe licença para operar na Rede Nacional de Rádio, o radioamador recebe também o prefixo que o identificará quando estiver em comunicado. Esse prefixo, que é uma das normas internacionais do radioamadorismo, tem também o dom de despersonalizar o indivíduo, despindo-o de seus títulos nobiliárquicos ou brazões de família. Há radioamadores de todas as classes, profissões e castas. Médicos, advogados, engenheiros, professores, militares, ministros de várias religiões, dentistas, comerciantes, industrialistas, capitalistas, modestos funcionários, técnicos em várias profissões, etc., etc., confraternizam na Rede Nacional de Rádio, no anonimato de um prefixo, que os irmana. Figuras da mais alta projeção social e simples e anônimos homens comuns, em face do radioamadorismo, todos são iguais, distinguindo-se uns dos outros, unicamente por um prefixo composto de algumas letras e de um número. Adversários políticos, membros de religiões antagônicas, todos se irmanam diante de um microfone ou de um manipulador Morse. Tivemos ocasião de ouvir, há dois anos, em Uruguaiana, um ministro da igreja desta Capital, saudando um Bispo da Igreja de Roma, naquela cidade. Ambos são radioamadores.
Já dissemos que radioamadorismo é estudo e é ciência. Sua finalidade precípua é o estudo e o aperfeiçoamento da radioeletricidade. O maior interesse, para o radioamador, é poder, com um transmissor pequeno, fazer comunicados à longa distância. Atualmente, muitos estão se dedicando a operar em altas freqüências, tendo alcançado grandes êxitos. Operando em seis metros, ou 50 megaciclos, vários radioamadores desta capital já conseguiram comunicar-se com localidades distantes nos E.U.A., Senegal, na África Ocidental Francesa, Porto Rico e Japão, sendo esta a maior distância. Em rápidos comunicados, trocando dados técnicos e relatando quais os elementos com que operam, eles trocam breves frases de cortezia e de amizade. Um radioamador nunca é um estranho para o colega que o contesta. É sempre um amigo e sobre ambos paira a benção da fraternidade. A propósito, ouvimos, na palavra eloqüente de então PY5RU, padre Wilson Schmidt, num sermão proferido na missa rezada em Caxias do Sul por ocasião do Rancho do Radioamador Gaúcho ali realizado há alguns anos, uma afirmação magnífica. Dizia aquele ministro da Igreja Católica que ao chamar geral o radioamador não sabe e nem procura saber se o colega que o contesta, lá de longe, é de sua raça, de sua classe social. Não sabe qual a sua religião, qual o seu credo político. Mas com ele manterá um comunicado amistoso e estará pronto para servi-lo naquilo que ele precisar. E por agir assim os radioamadores estão praticando o amai-vos uns aos outros ensinado por Cristo, porque somos todos filhos do mesmo Pai.
Na verdade, esta é a parte mais bela do radioamadorismo. O absoluto desprendimento de interesse pessoal, material, ideológico. É a verdadeira fraternidade. Basta dizer que os radioamadores conseguiram ultrapassar a barreira inexpugnável da cortina de ferro, mantendo comunicados com a União Soviética e países satélites.
Nós somos dos que acreditam mais na ação modesta e silenciosa desses enamorados do éter em favor da fraternização da humanidade, do que nos grandes convênios político-internacionais. Nestes, há uma elite de intelectuais se degladiando no campo da inteligência em discursos muito mais ricos em literatura o ardis políticos do que em ação propriamente dita. Ao passo que o radioamador fala do recesso de seu lar, com espírito desarmado de artimanhas políticas, sedento apenas de novos conhecimentos técnicos em seu hobby e desejoso de conquistar um amigo lá longe. Somos forçadas, a cada momento a valer-nos de citações de terceiros para ilustrar esta descolorida conversa convosco. A frase que repetiremos agora é de S. Excia. o Sr. Embaixador do Chile em Asuncion, Paraguai, prefixado CE3LB em seu país de origem e no Paraguai como ZP5LB: S. Excia. o Sr. Francisco Madrid Arelhano quando saudava a caravana de PYs3 em visita ao Paraguai e naquele instante recepcionados na Embaixada Chilena, disse: “Quando todos compreenderem o radioamadorismo, não haverá mais necessidade de embaixadas”. Estas são palavras de um diplomata em pleno exercício de suas funções! Ele se referia às relações entre os países em geral. Falaremos agora um pouco do que os radioamadores têm feito em benefício da causa pública. Nas últimas enchentes que têm flagelado nosso Estado, a Casa do Radioamador manteve sua estação transmissora a serviço do Estado e das localidades flageladas. Na enchente que assolou Alegrete e a fronteira oeste, havia um plantão permanente na PY3BB, das 8 horas da manhã às 2 da madrugada. Nesta última, em Candelária, a estação entrava no ar de duas em duas horas, para atender as necessidades. O Poder Público reconheceu esses serviços e dando à CRAG o reconhecimento oficial de utilidade pública e doando à mesma um terreno para a construção da sede própria. O reconhecimento de utilidade pública foi dado pelo Sr. Governador do Estado, e a doação do terreno foi feita pelo Governo Municipal, sendo o processo iniciado na gestão do Sr. Leonel Brizola e ultimado pelo seu substituto, Dr. Sucupira Vianna. Estes dois atos constituem as únicas vantagens que os radioamadores receberam de parte do Governo. Além disso, há uma subvenção de Cr$ 20.000.000 anuais, da verba do deputado Adalmiro Moura que, na qualidade de PY3AQM é santo de casa...
Nós não compreendemos essa lacuna, no sentido de maior ajuda a uma causa que é muito mais que meritória: que é grandiosa e sublime! Sabemos que as finanças governamentais atravessam uma crise grave. Mas vemos ser dada ajuda a tantos outros! O que mais nos surpreendeu foi saber que quando o assunto foi debatido em uma de nossas casas legislativas foi alegado que os radioamadores eram ricos, que radioamadorismo era hobby de gente rica. Justiça seja feita que, pedida uma sindicância a respeito foi apurado o alto apreço que é dado, por altas autoridades militares, à ação dos radioamadores. Realmente, há radioamadores ricos. Mas a grande maioria não o é. Nós lembramos que ricos, riquíssimos são certos clubes de futebol, que compram os contratos de jogadores por verdadeiras fortunas, que pagam ordenados fabulosos a esses mesmos jogadores, e, no entanto, merecem melhor atenção quando reivindicam alguma coisa...
Não é só na coletividade que os radioamadores têm prestado inestimáveis serviços. É também individualmente, na parte afetiva, levando notícias a um parente aflito. É tranqüilizando criaturas distantes, quanto no estado de saúde de um doente, de um operado. É cumprindo a dolorosa tarefa de comunicar um falecimento. Amarga notícia, difícil de dar, mas que poderá proporcionar à pessoa informada a derradeira oportunidade de ver um ente querido antes de ser sepultado, chegando ao local do falecimento antes da hora derradeira.
É, ainda, salvando vidas, em casos de doença grave, levando socorros onde são necessários. Contou-nos o Sr José Mayor - ZP5BV, que é secretário do Rádio Club Paraguaio em Asuncion, várias dessas atuações por parte daquele club. Um deles, referia-se a um determinado medicamento necessitado por uma pessoa doente em Rosário, Argentina. Não havia o referido medicamento naquela cidade e nem mesmo em Buenos Aires. Feito o pedido pelo rádio, o presidente do RCP encontrou o medicamento em Asuncion. O apelo fora feito à noite e no outro dia às 13 horas o medicamento estava aplicado no doente.
Outro caso bastante eloqüente para demonstrar a eficiência do radioamadorismo e a espontaneidade de seus adeptos ainda é relacionado com a mesma cidade de Rosário, Argentina. De lá, pediram com urgência, num fim de semana, certo medicamento que só havia à venda em Lima, Peru. Adquirido este por um radioamador chileno e despachado por via aérea, comunicava-se ele com seu colega de Rosário explicando que a linha de aviões internacional entre Lima e Buenos Aires não tinha escala em Rosário. A encomenda iria sofrer uma demora, ficando retida em Buenos Aires até o início da semana seguinte, uma vez que o avião de Buenos Aires para Rosário partia quase que imediatamente à chegada do avião que chegava de Lima. Sem uma pessoa interessada no caso, no aeroporto, a demora de dois dias seria inevitável. Muito bem. Acontece que um radioamador argentino de Buenos Aires ouviu esse comunicado. Pedindo um compreendido na freqüência, disse que dispunha de automóvel e que se prontificava para fazer a mudança da encomenda. Pedia esclarecimentos. De posse desses, dirigiu-se ao aeroporto onde se deu a conhecer como radioamador, contando o fato e pedindo que lhe fosse permitido retirar o pacote tão logo chegasse, para reenviá-lo a tempo de alcançar o avião de Rosário. E assim foi feito, chegando o medicamento a seu local de destino em tempo recorde, o que absolutamente não teria sido possível sem essa preciosa interferência.
Para finalizar, o mais emocionante de todos os casos que conhecemos e esse foi vivido pelo próprio Sr. José Mayor, do R. C. P., cuja esposa sofre de moléstia cardíaca. Essa senhora necessitava determinada quantidade de ampolas de um medicamento (Lebofet, se recordo bem o nome) que não havia à venda em Asuncion. Havia em casa algumas ampolas, mas faltavam ainda seis, que eram imprescindíveis. Não encontrando o que necessitava em sua cidade e nem em Buenos Aires e outras capitais próximas, o Sr. José Mayor aplicou a última ampola de que dispunha e foi para o rádio fazer o apelo, dizendo necessitar outra ampola para o dia seguinte e mais cinco ainda. Em menos de 24 horas, recebeu a primeira ampola e depois, durante seis dias, recebeu ainda, de seis países diferentes, 118 ampolas, das quais apenas uma trazia o nome do remetente! As demais vieram anonimamente!
São estes os malucos radioamadores. Enamorados do espaço, apóstolos da religião sublime do amor ao próximo, eles aí estão muitas vezes conversando banalidades pelo éter. Mas, se alguém necessitar deles todos se mobilizarão, microfone em punho, a serviço da causa pública ou particular, sem perguntar a quem servem. Como caravelas de idealismo, de boa vontade e de solidariedade humana, as vozes e os sinais dos radioamadores singram os céus do mundo inteiro.
Estão feitas as apresentações. Srs. a Academia Literária Feminina do Rio Grande do Sul. Embora não sejamos, como vós, conquistadores do espaço e da radioeletricidade para o bem da humanidade, temos muitas afinidades. Esta casa estará sempre aberta para vós.
Srs. visitantes e prezadas confrades: estes são os radioamadores. São os irmãos desconhecidos cuja ajuda nos será prestada se um dia deles necessitarmos. A frente da Diretoria Estadual da LABRE, 3ª Região e da Casa do Radioamador Gaúcho está esta figura dinâmica, simpática e modesta que é o Dr. Sérgio Marsiaj da Rocha, médico de grande valor,chefe de família exemplar, perfeito radioamador e consequentemente amigo perfeito. A ele, a 3ª Região deve o êxito de grandes iniciativas, sendo que a maior delas é a Casa do Radioamador Gaúcho. Em sua pessoa, nós saudamos a nobre classe dos radioamadores, desejando-lhes todas as felicidades, uma maior compreensão e apoio da parte dos poderes públicos, e a transmissão em realidade das promessas que enchem o armário grande que existe na sede da CRAG.
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